PRESS CREW: VERBO AGÊNCIA

À frente de uma das maiores agências de assessoria de comunicação do país, Eugênia Maia é case de sucesso não só no concorridíssimo mercado nacional como no quesito network. Entre uma brechinha e oura da agenda abarrotada de compromissos dessa tropa, a inVoga se infiltrou e foi descobrir, na fonte, o segredo de sucesso de quem trabalha pelo sucesso dos clientes. Confira!

A Verbo é relativamente uma agência jovem, né? Como você começou no segmento das assessorias?

Na verdade eu comecei minha carreira como assessora em Portugal. Nessa época eu cuidava de marcas como Hermés, H&M. Depois me mudei para o Brasil, passei por algumas assessorias e fui convidada para trabalhar na L’oréal, que foi meu primeiro contato com o universo da beleza. Há sete anos decidi iniciar minha carreira solo e fundei a Verbo, que começou no Rio, mas acabei não conseguindo fugir de São Paulo.

Você demonstra estar sempre muito próxima dos seus clientes, e a maioria das suas contas são de amigos que viraram clientes ou de clientes que viraram amigos. Como funciona essa lógica?

Nossa, você descreveu com precisão! (Risos) Na verdade, a Verbo se posiciona como uma assessoria boutique, e não somos como a maioria das grandes assessorias que possuem muitas contas. Nós somos uma equipe enxuta, que trabalha com uma variável entre 15 a 25 clientes e, por isso, conseguimos estar próximos deles. Eu e a Carol, minha sócia, estamos sempre em atendimento, pensando nas estratégias junto aos clientes, então não tem como não criar esse relacionamento. É um contato diário. E acho que esse é o nosso maior diferencial, porque nós estamos crescendo junto às marcas e fazendo uma construção de imagem que vai de A a Z. Acredito que o cliente que nos procura busca isso: qualidade, um tipo de atendimento exclusivo e relacionamento privilegiado, pois, apesar de sermos pequenos, nós atuamos bem, conhecemos os players e estamos em contato com as pessoas-chave.

“SEM DÚVIDA, A MAIOR TRANSFORMAÇÃO É ESSA MIGRAÇÃO PARA O DIGITAL.”

Qual é o maior case de sucesso do qual você se orgulha?

A Paula Raia é nossa cliente mais antiga e está com a gente desde o começo. Fizemos toda a construção da imagem da marca, assim como desenvolvemos a quatro mãos os projetos especiais que ela produz junto com a Vogue. Estabelecemos essa aproximação com a revista e, hoje, esse é o maior projeto de marketing da Paula, onde ela investe nesse acontecimento que envolve uma viagem, uma curadoria cuidadosa de pessoas, criamos situações diferenciadas, experiência. Acredito que quanto mais inusitada a campanha ou ação, mais ela repercute. A gente tem que estar sempre buscando novas maneiras de apresentar os clientes de moda, porque a impressão que temos é a de que tudo já foi feito, então precisamos inovar, mas sem fugir da verdade desse clientes. E a Paula faz isso com muita autenticidade, porque as coleções dela refletem o momento dela.

O que mais mudou dentro das assessorias de imprensa com essa transformação da comunicação, que está cada dia mais rápida e acessível?

O mundo mudou, o mercado editorial mudou, a revolução digital chegou com força total, e as pessoas mudaram a forma de se comunicar. Então, sem dúvida, a maior transformação é essa migração para o digital. O Instagram se tornou uma ferramenta muito forte com tudo isso, porque as pessoas estão cada vez mais no celular e menos nos computadores, então quando você quer ver algum conteúdo vai direto no Instagram e, quando o site posta, já ficou velho. O mercado também encolheu bastante e ficou mais setorizado. Se antes eu tinha um mailing imenso de jornalista para trabalhar, agora eu tenho os contatos de beleza, os de moda, os de cultura. Mas, apesar disso, acho que os maiores investimentos ainda estão no impresso.

Você acha que o regional é tendência?

Acho, sem dúvidas. O Brasil é um país muito grande, com culturas muito particulares. O Sul é completamente diferente do Nordeste, e existem formas distintas de trabalhar cada praça. O caminho é regionalizar e trabalhar com parceiros que entendam e conheçam as pessoas e as necessidades de cada região, porque, por mais que a gente conheça, não conseguimos penetrar da mesma forma que alguém que esteja lá

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