Através do procedimento, é possível reconstituir o desenho da região, deixando o seu aspecto mais natural e minimizando a aparência de cicatrizes
O câncer de mama é uma das formas mais comuns da doença e que mais acomete as mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2021 foram estimados 66.280 novos casos de câncer de mama no país. Felizmente, quando diagnosticado em estágio inicial, a doença tem um alto índice de cura, que chega a 90%.
Após o tratamento e cura do câncer de mama, as mulheres que venceram essa batalha sofrem com alguns estigmas, como a perda das sobrancelhas após o tratamento com a quimioterapia e a retirada da mama e aréola. Atualmente, a técnica de micropigmentação paramédica tem levado mais autoestima e confiança para essas mulheres, pois através do procedimento é possível reconstituir o desenho das regiões, deixando o aspecto mais natural e minimizando a aparência de cicatrizes.
Segundo Renata Barcelli, especialista em micropigmentação, CEO e fundadora da RBKollors e do Laboratório das Sobrancelhas, que desde 2016 promove uma ação solidária de micropigmentação paramédica em Sorocaba (SP), este tipo de iniciativa é fundamental para acolher e abraçar as mulheres que enfrentaram o câncer. “As mulheres que participam da ação, já passaram por muitos momentos difíceis, como o diagnóstico e o tratamento que resulta, muitas vezes, na perda mama, dos cabelos e das sobrancelhas. Esses efeitos fazem com que a mulher se sinta incompleta e/ou não se reconheça mais diante ao espelho. Então, nada mais justo do que utilizarmos as ferramentas disponíveis no segmento da estética para proporcionar a elas o resgate do seu bem-estar e autoestima, para que elas retomem suas vidas com confiança e sem estigmas”, conta.
O procedimento de micropigmentação areolar é feito com técnicas que mesclam cores para simular as texturas e trazer mais realismo ao desenho, além de neutralizar cicatrizes. Por ser feito em uma região delicada do corpo, o pigmento é aplicado apenas na epiderme, a camada superficial da pele, sem atingir as camadas mais profundas. Assim como a micropigmentação em outras regiões do corpo, o efeito da técnica não é definitivo, sendo necessário retoque, em média, a cada dois anos, o que pode variar de acordo com cada paciente.
Renata conta que, para realizar o procedimento, é necessário que a mulher já tenha finalizado o tratamento contra o câncer e tenha autorização do seu médico. “Para que o procedimento seja 100% seguro e não atrapalhe de nenhuma forma o tratamento, realizamos a técnica apenas quando a mulher recebe alta ou quando médico autoriza a realização durante o tratamento. O que também faz com que o procedimento seja um marco no início de uma nova vida. Por isso, no dia da ação, fazemos um coquetel especial no Laboratório das Sobrancelhas, como uma celebração deste momento único e especial para todas elas”, finaliza.