De volta às raízes, Gabriella Di Grecco retorna aos palcos e conta processo de transição capilar

Conhecida por seus papéis em produções da DisneyGabriella Di Grecco é mais do que uma atriz; ela é um símbolo de empoderamento natural. Ao longo de quatro anos, a artista cuiabana passou por uma grande transformação, não apenas estética, mas pessoal, ao embarcar na transição capilar—a jornada de abandonar o alisamento químico para abraçar a textura original de seu cabelo.

Créditos: Rafael Monteiro

Gabriella, que atualmente vive uma nova fase em sua carreira, interpretando o primeiro amor de Elvis Presley, Dixie Locke, em “Elvis: A Musical Revolution”, sob a direção de Miguel Falabella, conta que a transição foi mais do que um ajuste de aparência; foi um processo de redescoberta. “Foi como um renascimento para mim. Não se tratou só de uma transformação estética, mas de uma jornada de autoconhecimento. Percebi que minha relação com o cabelo estava intrinsecamente ligada à forma como me enxergava como mulher e como artista. Abandonar o alisamento foi umato de libertação que me permitiu explorar uma versão mais autêntica e alinhada com a minha verdadeira essência“, reflete.

A atriz revela que, antes da transição, a intensa rotina de trabalho na televisão e os frequentes tratamentos químicos cobraram seu preço na saúde dos cabelos: “A exposição constante diante das câmeras exigia uma manutenção rigorosa do visual, o que muitas vezes significava sacrificar a integridade do meu cabelo. Quando a pandemia começou, percebi que aquele era o momento ideal para iniciar a transição longe dos grandes holofotes. Foi um período de isolamento criativo, onde pude me reconectar comigo mesma”.

Créditos: Rafael Monteiro

Além de seu papel no musical, Gabriella continua a inspirar milhares de jovens que a acompanham desde sua atuação na série argentina “Bia”, que impulsionou sua carreira em toda a América Latina. Ela vê essa conexão com o público jovem como uma oportunidade única de promover mensagens de autoaceitação e empoderamento: “Existe uma enorme responsabilidade em ser uma figura pública, especialmente para jovens que ainda estão em processo de autodescoberta. Compartilhar minhas vulnerabilidades e conquistas nas redes sociais é uma forma de mostrar a eles que não há problema em ser ‘imperfeito’, que o mais importante é se aceitar como se é“.

A transição capilar da atriz foi concluída há algum tempo, mas as reflexões sobre os desafios e conquistas desse processo continuam em sua vida. Durante essa jornada, a atriz enfrentou a difícil fase de lidar com duas texturas distintas—uma raiz natural e as pontas alisadas—e hoje ela compartilha o que aprendeu: “Essa foi, sem dúvida, a parte mais desafiadora da transição. Lidar com essa dualidade exigiu muita paciência e resiliência. Por outro lado, essa fase me ensinou a valorizar minha singularidade e a enxergar a beleza como algo muito mais amplo do que um padrão imposto. Há diversas técnicas que podem ser usadas para disfarçar as duas texturas diferentes, como a fitagem com os dedos, alguns penteados específicos, como as tranças e os coquinhos, os bobes, por aí vai… Foi um exercício constante de autocompaixão, que me fortaleceu tanto como mulher quanto como artista”. 

Hoje, Gabriella segue sua trajetória nas artes com uma nova missão: ajudar novos talentos a encontrar sua voz e espaço no mundo artístico, tendo lançado o curso “O Novo Ator”. “Quero usar tudo o que aprendi para guiar e inspirar aqueles que estão começando. A arte tem o poder de transformar vidas, e desejo contribuir para que mais pessoas tenham a oportunidade de explorar seu potencial“, conclui.

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