FESTIVAL NORDESTESE EM SÃO PAULO: BORDADOS E ARTESANATO SÃO DESTAQUE

A 79 edição do Festival Nordestesse na Pinga Store traz 12 marcas de moda de 5 Estados e duas novidades: uma seção dedicada a mestres da arte popular e um dia de customização de bordados

O Festival Nordestesse na Pinga Store acontece de 20 de agosto a 5 de setembro – com preview para a imprensa na próxima terça, 19/8, das 11h às 14h. A principal novidade é uma seção de artesanato com peças e de mestres da arte popular garimpadas em Pernambuco, no Cariri cearense, em Capela e na Ilha do Ferro (Alagoas). A ideia é levar um pouco do Nordeste para dentro de casa, com obras perfeitas também para dar de presente.

A seleção de marcas de moda conta com 12 estilistas da Bahia, Alagoas, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Estarão de volta nomes consagrados e que já têm público fiel em São Paulo como a cearense Studio Orla, a baiana Adriana Meira, a pernambucana Juliana Santos e o potiguar George Azevedo.

Na curadoria de moda, a novidade é o protagonismo de marcas que têm no bordado seu carro-chefe, como as cearenses Jô de Paula e Cândida Artesanal e a alagoana Alina Amaral. Carioca radicada em Fortaleza, Joana de Paula trabalhou em grandes marcas como Maria Bonita, Cantão e Animale e foi uma das sócias-fundadoras da Catarina Mina. Em 2014 criou a marca que leva seu nome, na qual tecidos como linho, algodão orgânico, cambraia e seda são delicadamente bordados à mão por artesãs cearenses, incluindo labirinteiras e rendeiras de filé.

Já a alagoana Alina Amaral, conhecida por desconstruir o bordado tradicional misturando elementos da cultura popular a formas contemporâneas, lança na Pinga uma coleção inspirada na médica alagoana Nise da Silveira, grande nome da luta antimanicomial no Brasil. Completa o trio a também cearense Cândida Lopes, que além de camisas e batas bordadas com frases pontilhadas, santos e orixás, cria delicados escapulários bordados e emolduradas em prata de lei, que costumam gerar desejo imediato.

Na sexta-feira, 22 de agosto, as clientes da Pinga terão a chance de fazer pedidos customizados para as peças com bordados e para os patchworks de Adriana Meira – a ideia é permitir que o público paulistano possa se beneficiar ao máximo da exclusividade que o feito à mão trás.

“Nossa ideia é reforçar como o trabalho artesanal é sinônimo de luxo brasileiro, não só pela execução primorosa de tantas bordadeiras e renderias, mas também pelo caráter exclusivo, já que no feito à mão uma peça nunca é igual à outra. Na sexta, as clientes vão poder fazer pequenas alterações nas peças bordadas das coleções, se quiserem ter uma roupa feita sob medida”, diz Daniela Falcão, fundadora da Nordestesse.

O festival tem outra atração inédita: uma exposição com os quadros dos artistas neurodivergentes que fazem parte da curadoria da marca mineiro-baiana Almacor, cuja peças são todas estampadas a partir das obras de jovens artistas com deficiências como paralisia cerebral, autismo e síndrome de Down.

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