JOGOS VORAZES – A CANTIGA DOS PÁSSAROS E DAS SERPENTES CHEGA AOS CINEMAS HONRANDO À FRANQUIA

Filme fala sobre a juventude do Presidente Snow e mesmo com problemas de ritmo, agrada!

Um dos filmes mais aguardados do ano, “Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” chegou nesta quarta, 15, aos cinemas UCI. A prequel da franquia de sucesso terá sessões também em XPLUS, 4DX e DE LUX e, a partir de hoje, 16, em IMAX. Na UCI, os fãs ainda podem garantir uma super lembrança do filme com o combo especial com balde de pipoca exclusivo do filme e duas bebidas. Além disso, os primeiros que assistirem à superprodução nos cinemas UCI voltam para a casa com um mini-pôster do filme. O longa, dirigido por Francis Lawrence e baseado em mais um livro de Suzanne Collins, revela o passado do Presidente Snow e como o vilão chegou ao poder.

A produção – spin-off da franquia que levou mais de 14.5 milhões de espectadores aos cinemas brasileiros – estreou ontem em mais de 1200 salas pelo país e já foi vista por mais de 250 mil pessoas se tornando a maior abertura em uma quarta-feira, em 2023. A partir desta quinta-feira, o circuito será reforçado passando a contar com 1800 salas. Os dados são da Comscore.

Sobre Jogos Vorazes

Esperado longa inspirado no livro homônimo lançado em 2020, pela Editora Rocco, “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” conta com direção de Francis Lawrence – responsável pelos últimos três longas da série. A produção é um spin-off e retrata uma história anterior ao primeiro filme com Presidente Snow (interpretado por Tom Blyth) ainda jovem. O longa traz nomes como Rachel Zegler, de “Amor, Sublime Amor”, Hunter Schafer, da série “Euphoria”, Josh Andrés Rivera, Jason Schwartzaman, além das participações de Viola Davis, como Dra. Volumnia Gaul, e Peter Dinklage, como Dean Highbottom.

O longa tem roteiro escrito por Suzanne Collings, criadora dos livros, em parceria com Michael Arndt, de “Toy Story 3” e “Star Wars: O Despertar da Força” e Michael Lesslie, de “Assassin’s Creed”. A produção é assinada por Nina Jacobson, Brad Simpson e Francis Lawrence. A distribuição nacional é da Paris Filmes

Crítica

Como o longa se passa 60 anos antes da história de de Katniss EverdeenJennifer Lawrence não dá as caras de nenhuma forma por aqui. Mas, temos outra protagonista forte que é Lucy Gray Baird (Rachel Zegler), tributo do Distrito 12, que terá o jovem Coriolanus Snow (Tom Blyth) como mentor, na tentativa de salvar o futuro de sua família. 

O filme mostra as primeiras edições dos Jogos Vorazes, e ainda como o jovem que se tornou o tirânico Presidente Snow e acompanhamos os percalços de dele, exatamente como são narrados no livro de Collins, publicado em 2020, em meio à pandemia de COVID-19. Acho que foi uma ótima ideia expandir o universo através da história de um dos maiores antagonistas. Também gosto da forma como retratam os heróis e vilões da saga, ou seja, como seres humanos que oscilam entre o bem e o mal. No caso de Snow, fica claro que desde jovem ele era capaz de tudo para alcançar seus objetivos, mas alguns acontecimentos tornaram o destino dele inevitável.

O elenco está sensacional, podemos destacar Hunter Schafer (Euphoria) tem pouco tempo de tela como Tigris, prima de Snow, mas entrega uma atuação bem interessante. Adoro a cena em quando ela olha para Snow (Tom Blyth), com seu cabelo milimetricamente arrumado e suas vestimentas imponentes, a única coisa que ela consegue dizer ao primo é “você se parece com seu pai”. Que pode parecer simples, mas não é, pois mostra que ele está se tornando uma figura inescrupulosa como o pai, que armou para criar os Jogos Vorazes e assim, condenar a vida de milhares de crianças apenas pelo prazer do espetáculo. E Viola Davis que dá um show, como a sádica Dr. Volumnia Gaul, que comanda a 10ª edição dos jogos e tem uma ligação especial com Snow. E mesmo com pouco tempo de cena, consegue entregar todo seu talento, como sempre!

Um dos pontos negativos do filme é o equilíbrio entre duração e ritmo, com quase 2h40, fica um pouco cansativo, apesar de parecer ter mais história para contar do que mostrou.

Para finalizar, podemos dizer que “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” honra o legado da franquia com suas já conhecidas discussões políticas e reflexões bastante pertinentes ao momento atual, indo além de ser apenas “mais um spin-off” de uma saga de sucesso, mostra o porquê de distopias revelarem mais sobre nós mesmos do que qualquer outra coisa. E com certeza, vale a ida ao cinema!

Por Patrícia Porto

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