Estrelando produções de épocas distintas, Day Mesquita comenta sobre Moda como construção identitária

Nome versátil da televisão brasileira, Day Mesquita encontrou na moda um meio de explorar e construir identidades, tanto suas quanto de seus personagens. Com uma carreira marcada por papéis emblemáticos, ela deu vida a personagens como Maria Madalena em “Jesus”, da Record, à advogada Stela em “Cheias de Charme”, da Globo, e à protagonista Poderosa em “Amor Sem Igual”, outro sucesso da Record. Agora, em nova fase, ela aguarda a estreia de uma ex-vedete, sua personagem na série “Tudo de Bom”, ambientada nos anos 80.

Em retrospectiva, ela comenta: “A Poderosa era um acontecimento em todos os sentidos — e seu figurino refletia exatamente essa ousadia”, relembra. “Brilho, cores vibrantes, botas altas… Foi uma experiência que não só transformou a personagem, mas me trouxe uma ousadia para me ver de outras maneiras e não me encaixar numa caixa. É interessante como o figurino, a arte de atuar, influencia o processo criativo e, eventualmente, te acrescenta muito para além dos personagens”.

Tendo atravessado múltiplas temporalidades ao longo de sua trajetória, Day enxerga a moda como um mergulho em épocas e contextos culturais variados, onde identidade e expressão histórica se entrelaçam em um diálogo vivo: “Como atriz, sinto que a moda é quase como um palco paralelo, onde posso explorar épocas e identidades diferentes. Cada peça carrega uma história, uma cultura, um jeito de ver o mundo que eu trago para o presente. Ao vestir esses contextos, acabo ampliando meu repertório de interpretação, porque a moda tem uma carga simbólica que vai além do estilo”, reflete. 

Na nova série, sua personagem, Simone Mantovani, incorpora a extravagância​ dos anos 80, com acessórios nada discretos, minissaias, boinas e outros elementos icônicos da época: “Atuar em ‘Tudo de Bom’ foi quase como embarcar em uma viagem no tempo, que trouxe à tona as memórias da minha infância, no fim dos anos 80. O figurino não foi só ‘uma roupa’, porque ele encapsulou a essência daquela época e acabou carregando consigo um significado que ressoou em mim como uma conexão com um passado que continua, de certo modo, a influenciar meu presente”, completa.

Vislumbrando o futuro, a atriz também aguarda o lançamento de “Caminhos”, outra série voltada para o streaming, com orientação da psicanalista Angela Sirino. Na trama, Day interpreta Mariana, uma mulher que enfrenta episódios de psicose e esquizofrenia. Com uma abordagem profunda e sensível, a série explora questões de saúde mental e toda sua complexidade.

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