O culto ao corpo perfeito

O culto ao corpo, fenômeno cultural contemporâneo, revela-se através de práticas como a lipoaspiração, enquanto figuras públicas, como a influenciadora Luana Andrade, que infelizmente teve um final muito triste, ilustram a complexidade dessa busca pela estética ideal. Este texto explora os desafios e impactos do culto ao corpo na sociedade atual.

Viver em uma sociedade onde o culto ao corpo perfeito é incessantemente promovido pela mídia pode criar um cenário desafiador para a construção de uma autoimagem saudável e para a preservação da autoconfiança. A procura por padrões estéticos muitas vezes inatingíveis pode desencadear uma busca implacável por uma perfeição ilusória, resultando em consequências prejudiciais para a saúde mental e física.

Precisamos destacar também a existência do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) que apesar de pouco falado, é muito comum hoje, principalmente pela propagação da beleza perfeita que acontece nas redes sociais.

Este transtorno envolve uma preocupação intensa e distorcida com defeitos percebidos na aparência, levando a comportamentos compulsivos e impactando negativamente o bem-estar psicológico. 

Para lidar com distorções na imagem corporal e elevar a autoconfiança, o tratamento mais apropriado é a terapia. Através desse processo, é viável auxiliar indivíduos a desenvolverem uma perspectiva mais saudável em relação ao próprio corpo e aparência. O enfoque terapêutico abrange o reforço da autoestima, a desconstrução de padrões de beleza inatingíveis e a promoção de uma visão positiva da imagem corporal. Além disso, a terapia pode abordar potenciais questões emocionais, como ansiedade e depressão, frequentemente vinculadas à incessante busca pela perfeição. Vale ressaltar que, devido à singularidade de cada pessoa, o processo terapêutico é personalizado e ajustado de acordo com as necessidades específicas de cada indivíduo.

Aqui estão algumas dicas para promover a saúde mental daqueles que se preocupam excessivamente com a aparência e o corpo perfeito:

* Prática da gratidão: Dedique tempo para reconhecer e apreciar as qualidades não relacionadas à aparência física. A gratidão pode ser uma ferramenta poderosa para cultivar uma mentalidade positiva.

* Exercícios de autoafirmação: Desenvolva afirmações positivas sobre si mesmo e repita-as regularmente. Isso contribui para a construção de uma autoimagem positiva e fortalece a autoconfiança.

* Atividade física como celebração: Encare o exercício como uma celebração do corpo e não apenas como uma ferramenta para moldá-lo. Escolha atividades que tragam alegria e bem-estar.

* Desconexão digital: Limite o tempo gasto em plataformas de mídia social que promovem padrões de beleza inatingíveis. Valorize a autenticidade e diversidade em vez de se comparar constantemente a imagens idealizadas.

* Cuidado com a linguagem interna: Esteja ciente da forma como se fala consigo mesmo. Substitua pensamentos autocríticos por mensagens de aceitação e compaixão.

* Foco no autocuidado: Concentre-se em práticas de autocuidado que promovam o bem-estar físico e emocional, como uma boa noite de sono, alimentação equilibrada e momentos de relaxamento.

* Buscar apoio profissional: Se as preocupações com a imagem corporal estiverem afetando significativamente a saúde mental, considerar a busca de apoio de um profissional de saúde mental pode ser benéfico.

Ao adotar uma abordagem mais compassiva consigo mesmo e redefinir as prioridades em direção a uma mentalidade positiva, é possível construir uma relação mais saudável com a própria imagem. A verdadeira beleza reside na autenticidade e na aceitação, contribuindo para uma jornada de bem-estar que vai além das aparências superficiais.

Um grande abraço, Se cuide!

Silvana Trajano.

CRP: 11/18792

@soul_psico

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