Mommy Recovery: por que o combo de cirurgias plásticas no pós-parto tem se tornado tendência entre famosas?

Após o nascimento dos filhos, muitas mulheres enfrentam transformações significativas no corpo, e com elas, inseguranças e questões de autoestima. Recentemente, as influenciadoras Duda Reis e Viih Tube reacenderam os debates ao compartilharem nas redes sociais suas experiências com cirurgias plásticas combinadas no pós-parto, popularmente conhecidas como mommy recovery (ou mommy makeover, como o termo é conhecido fora do Brasil).

O procedimento consiste na realização simultânea de mais de uma cirurgia plástica, geralmente envolvendo regiões como mamas, abdômen e flancos com o objetivo de restaurar ou até melhorar a aparência corporal após a gestação. A prática, embora já comum nos Estados Unidos, tem ganhado cada vez mais adesão no Brasil, especialmente entre pacientes que desejam otimizar tempo de recuperação e custos.

Mas será que toda mulher pode fazer esse combo cirúrgico? Quais os cuidados exigidos? E quais os limites éticos e técnicos dessa escolha?

De acordo com a cirurgiã plástica Maiéve Corralo, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a combinação de cirurgias como mamoplastia, abdominoplastia e lipoaspiração é muito comum no pós-parto. Isso porque, durante a gestação, o corpo passa por grandes transformações, especialmente na região abdominal e nas mamas, que sofrem com o estiramento da pele, flacidez e, em muitos casos, o aparecimento de estrias. “Quando essas alterações não regridem naturalmente, podem comprometer a harmonia corporal e impactar a autoestima da mulher”, diz a médica.

“Essa combinação cirúrgica costuma ser segura e eficaz, desde que bem indicada. É essencial que a paciente esteja saudável, com exames em dia e um IMC abaixo de 30, o que reduz significativamente o risco de complicações como necrose, infecção, seroma ou trombose. Também respeitamos um limite técnico importante: em cada cirurgia, só podemos remover até 5% do peso corporal em gordura ou tecido, para garantir segurança e boa recuperação”, lembra Maiéve.

Na região abdominal, além da retirada de pele com estrias, geralmente abaixo do umbigo, também é feita a plicatura dos músculos retos abdominais. Durante a gravidez, esses músculos podem se afastar, conhecido como diástase, e causar aquela sensação de “estômago alto” após as refeições. “Corrigir essa diástase melhora o contorno abdominal, a projeção da cintura e a função da musculatura”, pontua Maiéve.

Em relação às mamas, a cirurgia pode ser feita com ou sem o uso de implantes de silicone. “Hoje, muitas mulheres têm optado por resultados mais naturais e funcionais, por isso a mastopexia sem prótese, que é a elevação das mamas com reposicionamento do tecido, tem se tornado cada vez mais comum”, finaliza Corralo.

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