Free Free Club começará nos Estados Unidos, com planos de expansão para diversos países
O Free Free, plataforma e organização descentralizada que trabalha pela liberdade física, emocional e financeira de mulheres através de iniciativas que aceleram a equidade de gênero, a inclusão e a transformação social, acaba de dar início às atividades do mês da mulher com o lançamento do Free Free Club. O novo programa foi desenvolvido exclusivamente para estudantes, com o intuito de conscientizar jovens sobre questões relacionadas à autoestima, carreira, liberdade financeira, saúde emocional, o mito da mulher perfeita, a importância da união feminina e como identificar situações abusivas. Inicialmente, o Club estará presente na Harvard University, em Massachusetts, nos Estados Unidos, com previsão de chegar no segundo semestre em Portugal, Brasil e outros países.
As alunas interessadas em participar devem fazer sua inscrição e frequentar os encontros que abordarão a liberdade física, emocional e financeira em todas as suas vertentes. O Club será um lugar para que as mulheres compartilhem suas experiências, façam perguntas e busquem conselhos, apoiando umas às outras. A iniciativa acontecerá ao longo de todo o semestre para que as jovens desenvolvam projetos que possam contribuir para a vida de outras mulheres. A ideia é que além de aprender, elas tenham ferramentas para se tornarem líderes nas suas comunidades e levem o conhecimento adiante. Ao final do período, os projetos irão concorrer para ter o apoio do Free Free.
“O Free Free Club é uma nova frente muito importante para nós. Já tínhamos realizado algumas ações pontuais com jovens, mas agora conseguimos estruturar e lançar um programa maior, pensando a longo prazo. Durante os nossos quatro anos de atuação, entendemos a necessidade de conscientizar e precaver as meninas o mais cedo possível. Queremos que essas jovens aprendam, cresçam juntas e virem líderes de outros Clubs. Se conseguirmos apoiá-las mais cedo, consequentemente ajudaremos a reduzir danos no futuro”, explica Yasmine McDougall Sterea, fundadora e CEO do Free Free.
O projeto foi criado com o objetivo de chegar a diversos territórios e não será restrito apenas a universidades. Logo após o início nos Estados Unidos, o Club entrará em uma escola de Portugal, e em seguida no Brasil. Toda a concepção foi realizada pela fundadora e CEO do Free Free, Yasmine, com o apoio da Dra. Joan Johnson-freese, professora da Harvard University e integrante do Conselho Consultivo do Free Free, em parceria com o Harvard Center for African Studies e o Harvard College Women ‘s Center.
O programa faz parte do plano de expansão da instituição, que teve início há cerca de um ano. “Desde que atravessamos as fronteiras já fizemos projetos em Ibiza e em Portugal com a Casa da Misericórdia. Nossa operação internacional também pretende ir para Londres, Itália e seguindo para países da África e Oriente Médio. Com o Free Free Club temos a mesma perspectiva, de atuar em diversos países, trabalhando com organizações e cidadãos locais, fornecendo nossos recursos e experiência para nos adaptarmos à cultura local”, comenta Yasmine.
Iniciativas como o Free Free Club são essenciais tendo em vista o aumento de casos de violência contra a mulher e transtornos mentais dos últimos anos. Segundo o IBGE, no Brasil 27% das adolescentes possuem depressão, enquanto nos Estados Unidos, segundo o National Institute of Mental Health, 20% das meninas possuem o transtorno e 30% têm ansiedade. De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, em 2020 foram registrados no Brasil, em média, 536 casos de violência contra a mulher por hora. Esse número alarmante demonstra a gravidade do problema e a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a proteção e os direitos.