Fintech Igual lança no Brasil modelo de cashback com propósito

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O mais recente relatório da Oxfam Brasil, “País estagnado: um retrato das desigualdades
brasileiras”, coloca o país ocupa na 9ª posição no ranking das nações mais desiguais do
planeta. De acordo com o estudo, o Brasil estagnou no combate às disparidades sociais: era
o 10° da lista no levantamento anterior. Mais que políticas públicas para equacionar o
problema, os dados exigem da sociedade um outro olhar sobre esse cenário, já que o
combate à desigualdade é um motor para o desenvolvimento sustentável e inclusivo. Com
essa bandeira no centro do negócio, em outubro chega ao mercado a fintech Igual, uma
plataforma que conecta marcas com propósito, organizações que precisam de recursos e
consumidores que utilizam seu poder de compra em benefício da sociedade.

De que forma a plataforma vai operar? Ao comprar em um estabelecimento credenciado
pela startup, o usuário da conta Igual terá um percentual do valor da compra convertido em
iguais. As moedas serão debitadas na conta do comprador e podem ser aplicadas em
projetos sociais habilitados pela plataforma. Aqui, o destino dessas moedas sociais é
escolhido pelo usuário a partir de uma curadoria da startup. Quando a meta de iguais para a
realização de um projeto é atingida, a iniciativa recebe o financiamento e, ao final, uma
“prestação de contas” é divulgada nas redes sociais da empresa.
“Com a Igual, os consumidores passam a escolher produtos e serviços com propósito sem
que isso represente um custo para quem compra. Não vai existir nenhuma distinção entre o
valor que a empresa vai cobrar a um usuário cadastrado na Igual e o valor pago para alguém
que não aderiu ao serviço”, explica Marcelo Raimondi, CMO da Igual. “Assim como os
programas de cashback que já existem no mercado, em que o consumidor acumula um
bônus que pode ser revertido na compra de mais produtos, ao utilizar a Igual ele vai reverter
esse valor para a sociedade. É aqui que entra uma preocupação cada vez mais frequente:
qual o legado que eu quero deixar para o planeta?”, apresenta.
Ainda em fase alfa, a Igual será testada nas primeiras semanas com dois parceiros de São
Paulo: a sorveteria San Paolo e a marca de moda feminina Lilly Sarti. Até o fim de 2019, a
expectativa é contar com 20 estabelecimentos conveniados, todos instalados no bairro dos
Jardins, na Zona Oeste da capital paulista. “Escolhemos essa parte da cidade para decolar o
projeto por ela ter uma grande concentração de pessoas e de comércio. Em seguida, a
previsão é levarmos a Igual ao bairro de Pinheiros”, adianta Marcelo Raimondi.
Após a fase de testes, que deve terminar em novembro , a plataforma entra em operação
também no mundo online. Pelo aplicativo, que será lançado nessa segunda etapa, o usuário
poderá gerenciar sua conta digital, escolher e transferir seus iguais acumulados para os
projetos beneficiados, fazer compras em lojas parceiras da fintech e ainda usar o leitor de
QR code para fazer compras com impacto fora da plataforma.
Inicialmente, quatro projetos estarão aptos a receber os primeiros iguais, mas, conforme a
base de usuários cresça, outras iniciativas entrarão na plataforma. O Instituto Apoia, de São
Paulo, que financia educação privada para crianças carentes de todo o Brasil; a Fundação do
Rim, de Fortaleza, que tem um projeto para redução de fila dos transplantes; a reforma da
biblioteca da Associação Vidança, também sediada na capital cearense, que oferece
formação gratuita em diversas linguagens artísticas para crianças, jovens e adultos; e, por
fim, o Amigo da Vez, de São Paulo, por meio do projeto “Sorrindo para o Futuro”, que leva
saúde e educação bucal para crianças carentes, vão startar a nova moeda social.

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