Ele é sinônimo de network. Possuidor de um mailing poderoso e requisitado, Beto Pacheco conquistou seu espaço sob os holofotes por meio de uma trajetória pontuada pelo seu dom natural de fazer contatos e, hoje, é o relações públicas mais desejado do país. Novo nome do carnaval carioca, onde comandará junto a Victor Oliva o disputadíssimo Camarote Número 1, Betinho domina a arte de se relacionar bem e celebra a nova fase da carreira fazendo aquilo que sabe de melhor: festejando.
inVoga: Você é um relações-públicas super bem relacionado e dono de uma agenda de contatos poderosíssima, então, vamos para a perguntas que não quer calar: como você construiu esse mailing?
Beto Pacheco: Eu mudei para São Paulo há uns vinte anos e, a priori, eu fazia faculdade de Direito, mas sem gostar muito do curso, então comecei a procurar algum emprego em outras áreas. Comecei fazendo trabalhos de produção de moda e foi aí que comecei a conhecer pessoas, fazer contatos… Nesse período fui convidado para trabalhar na Hugo Boss e, assim, a rede foi crescendo.
I: E como você faz para manter essas relações? Acho que deve ser mais complicado do que conseguir chegar até às pessoas.
BP: Eu acho que o principal é você ser de verdade e se manter sempre informado, porque cultura é fundamental, e é importante você ter o que conversar com as pessoas. Mas acho que isso é de cada um e, com o tempo, você desenvolve essa articulação.
I: Qual o segredo, se é que existe, de uma lista de convidados funcionar?
BP: Cada lista é um projeto novo, porque cada evento é único. Não tem nada pronto, e esse processo é bem desgastante, na verdade, porque primeiro você tem que entender qual o público que seu cliente quer que você entregue para ele. Depois vem a preocupação de criar um mix de convidados que se relacionem a ponto de essas conexões agregarem força ao evento e fazerem com que as pessoas compareçam.
I: Você produz um número grande de eventos em sequência e para alguns você presta o serviço de mailing, mas em outros você também ajuda na concepção. Como é essa rotina frenética?
BP: Em épocas que tenho bastante evento eu praticamente não durmo e, quando consigo, acordo durante a madrugada tendo pesadelos (risos). É muito puxado porque, em alguns eventos eu faço apenas o mailing – que é a carro chefe da minha empresa, mas em outros eu participo desde o princípio, na elaboração do conceito e da produção, e isso é o que eu mais gosto de fazer. Gosto desse desafio de quando o cliente me contrata para começar algo do zero.
I: Qual foi aquele evento que você sentiu que, de fato, tinha começado uma carreira solo?
BP: O primeiro Baile da Vogue feito pela minha empresa. Eu já fazia o baile há 10 anos e sempre curti muito, mas quando peguei a conta – em janeiro e o evento seria em fevereiro – eu tive praticamente um mês para fazer acontecer com um escritório que tinha acabado de abrir.
I: Quem são as pessoas que, na sua opinião, se tiverem em um evento ele se torna incrível?
BP: A Donata Meirelles e a Sabrina Sato. Cada uma a seu modo, ambas possuem uma luz e uma energia incrível. Se eu pudesse teria sempre as duas em meus eventos.
I: Você é o novo nome do carnaval carioca e se associou à Holding Clube, de José Victor Oliva, para promover o Camarote Número 1 em 2018. Como foi essa aproximação?
BP: O Victor me ligou em maio deste ano, e eu achei que ele queria marcar uma reunião para falar de algum evento. Não tinha noção de que ele ia me fazer a proposta, e eu estou realmente muito feliz com essa parceria. Começou um novo ciclo da minha história, carreira, e isso está me dando um novo gás. Estou tendo uma troca muito bacana, tanto com o Victor quanto com os outros sócios da empresa, que são de uma inteligência incrível
I: O que muda a partir de agora? Você continua com seu trabalho solo?
BP: Assim, agora me sinto mais incluído nesse universo corporativo e lá eu vou ter contato com outras possibilidades, mas a ideia é manter a minha empresa e preservar a forma como eu costumo trabalhar.
LET’S PARTY
Qual a melhor festa do Brasil na atualidade? Camarote Número 1, no carnaval carioca.
E na gringa? Raising Malawi, a festa beneficente promovida pela Madonna, em Miami.
Evento mais delicioso de produzir? O amfAR, faço há sete anos e tenho um carinho muito especial.
O que não falta em um evento produzido com o selo Beto Pacheco? Pessoas interessantes.
Melhor festa fora do eixo Rio-SP? Eu adorei a festa do Carvalheira em Recife.
Quando quer fugir da badalação? Acho uma delícia ficar em casa.
E quando quer se jogar? Saio para jantar e deixo a noite acontecer.
Reveillon ou carnaval? Reveillon para relaxar e carnaval para curtir, mas, agora, para trabalhar.
O que é luxo para você? Tempo.
FOTO: Andre Ligeiro
TEXTO: Victoria Costa
COORDENAÇÃO: Flávia Brunetti
DIREÇÃO: Vinicius Machado