FÁBIO SEIXAS, UM DOS CRIADORES DO FESTIVAL PAH, MOSTRA TODA SUA ATITUDE NA EDIÇÃO 38 DA INVOGA

 

Correndo a favor da inovação, Fábio Seixas encontrou nas práticas – de correr, inovar e, de quebra, plantar uma sementinha em prol da preservação da natureza – dois insights que, juntos, se transformaram em sua nova meta: correr a Mata Atlântica brasileira.

Mente criativa por trás do maior festival de inovação e design da América Latina – O Path Festival, da agência de conteúdo Jambu, do projeto Ser Trancoso e de tantas “otras cositas mas”. Se você ainda não conhece Fábio Seixas, ficou claro que precisa conhecer. Mas apresse o passo, porque para acompanhar o ritmo desse manauara de 36 anos que, entre uma ideia e outra, já escalou o Aconcágua, precisa de fôlego. E não foi por acaso que ele encontrou na corrida uma paixão, e menos por acaso ainda que a transformou na sua mais recente empreitada: correr a Mata Atlântica brasileira.  

Para Fábio, que, questionado sobre o que é ter atitude (cumprindo a pergunta requisito da nossa edição), prontamente respondeu que “é literalmente não ficar parado, é querer sair do lugar”, correr está longe de se limitar à prática esportiva. É algo que conecta corpo, mente e espírito. É quando medita, resolve conflitos, e não demorou muito para que lhe trouxesse também aquilo que move cada uma das suas ações: propósito. “Encarava corrida como a preparação para uma outra prática esportiva e, há quatro anos, quando estava treinando para subir o Aconcágua, eu reencontrei a corrida como um esporte e me apaixonei. Comecei a correr longas distâncias naturalmente, participar de competições, corridas de montanhas, ultramaratonas, mas com o tempo fui percebendo que minha paixão por corrida ia além e era uma conexção minha com a natureza”. 

Das vias urbanas às trilhas. Do concreto cotidiano ao verde das matas mundo afora. Cenário mais que propício para uma mente criativa e curiosa como a de Fábio entrar em ebulição e, unindo isso a sede por sentido, surgir um novo projeto. “Por conta desse contato com a natureza, fui buscando por iniciativas em que a corrida me conectasse não só com a parte física, mas também com a social. Pesquisando, encontrei uma matéria que falava sobre a preservação de biomas e a possível construção de uma trilha pela Mata Atlântica para incentivar sua preservação. Conversando com algumas pessoas, me propus a ser a primeira pessoa a correr essa trilha – e levar e trazer informações de lá”.  

O desafio é para poucos, afinal, são mais de três mil quilômetros de uma natureza até então desconhecida (o trajeto vai do sul do país à fronteira entre Rio de Janeiro e Espírito Santo) e requer, além de coragem, treino e logística, estudo, um conhecimento profundo da geografia local e muita disposição. Mas, nessa corrida, mais do que entender as nuances do percurso, o importante é saber do que se trata a chegada. “Não acho que a gente veio para esse mundo para ficar parado, mas é importante que a gente corra atrás de referências que nos projetem sempre para algo melhor. Busco esse propósito constantemente porque quero me entender enquanto pessoa atuante para que possa evoluir como ser humano e entregar não só para mim, mas para o outro e para o mundo”. 

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