Otimista é um adjetivo e substantivo de dois gêneros, que significa aquela pessoa que se revela confiante, esperançosa e positiva. E estes são os sentimentos compartilhados por uma dupla de mulheres que, de tanto otimismo e positividade que sentem sobre revolução social em relação à equidade de gênero, resolveram criar uma corrente que fortalecesse ainda mais esse diálogo. Assim, surgiu o Mulheres Positivas. Idealizado e comandado pela empresária Fabi Saad e pela jornalista Sofia Patsch, o projeto – transmitido pelas multiplataformas digitais do jornal paulistano Estadão, busca dar lugar de fala a mulheres tão inspiradoras (e positivas) quanto a dupla. Abordando temas relacionados ao universo feminino, mercado de trabalho, maternidade e desafios da contemporaneidade, o Mulheres Positivas estimula a troca de vivências em prol da sororidade e, agora, algumas das vozes atuantes que passaram por lá dividem com os leitores da Invoga um pouco do que, para elas, é ser uma mulher positiva.
“Ser uma mulher positiva é entender que não existem mais barreiras para nós no mundo. Com a sororidade – palavra que quase não existia no vocabulário das pessoas há uns anos – entendemos que, juntas, somos mais fortes. Estou grávida de cinco meses da Mia, uma outra menina positiva que vem por aí, e quero mostrar para ela um mundo diferente do que o que eu conheci, mais justo, honesto e mais gentil com as mulheres. Então, hoje, acredito que o nosso maior desafio é passar para as próximas gerações que elas se deem as mãos, não se cobrem tanto e se aceitem como são”.
Sofia Patsch, jornalista e criadora do projeto Mulheres Positivas
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“Para mim, ser uma mulher positiva é transformar vidas através do seu trabalho, e é isso que tentamos fazer com o projeto. Hoje, todos nós somos bombardeados com cobranças, metas, deadlines e, para nós, mulheres, esse cenário é ainda mais caótico porque sofremos com o preconceito de gênero. Sempre temos que trabalhar mais, gerar melhores resultados e provar nossa capacidade, porque ainda somos menos valorizadas que os homens no mercado de trabalho”.
Fabiana Saad, empresária e criadora do projeto Mulheres Positivas
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“Ser uma mulher positiva é se tornar a melhor versão de si mesma. É conseguir, apesar da violência física e verbal, do assédio sexual e da inferiorização da mulher, continuar sendo guerreira para conseguir ultrapassar todos os desafios. Lutar, apesar de saber que, hoje, saímos mais diplomadas das universidades que os homens e, ainda assim, somos apenas 6% em cargos executivos das empresas. É saber que somos 52% da população mundial, mas ainda somos menos de 5% dentro do Senado, do Congresso, do governo. O feminismo não é um palavrão, não é contrário do machismo. O feminismo, hoje, é uma narrativa que pode realmente resgatar a autoestima das mulheres. Uma forma de entender quanto temos talento e um potencial enorme para agregar valor à sociedade”.
Alexandra Loras, ex-consulesa da França, palestrante e autora
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“Uma mulher positiva acredita no que você está fazendo e está à frente do seu tempo. Eu, como empresária e empreendedora, preciso ter fé no mundo e tentar sempre agregar atitudes positivas a ele, ao consumidor e aos meus funcionários. São muitos os desafios da modernidade – e não só para as mulheres, mas, nós, assumimos muitos papéis nos últimos anos, e projetos como o Mulheres Positivas são canais importantíssimos para que a gente não se sinta só nessa jornada. Precisamos cumprir nossa missão, ser criativas, tirar lições das situações e aproveitar tudo que vem acontecendo em prol do que virá pela frente. Homens e mulheres precisam caminhar juntos, e a diferença de gênero pode ser positiva quando encarada com reconhecimento e com colaboração”.
Mulheres Positivas – Esther Schattan, Diretora Executiva da Ornare
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“Ser uma Mulher Positiva é acreditar nas suas escolhas e seguir em frente. É ter leveza na vida e saber equilibrar os papéis de mãe, esposa e profissional sem culpa. Afinal, um dos grandes desafios da mulher moderna é conseguir não se sentir culpada por deixar a balança se desequilibrar em alguns momentos. Trabalhamos muito, batalhamos pelo nosso espaço e, ainda assim, temos que dar conta da vida pessoal, criar nossos filhos. Mas precisamos continuar lutando, porque ninguém chega a nenhum lugar sem muito esforço, trabalho e, principalmente, sem acreditar.
Daniela Filomeno, fundadora e Editora-Chefe do site Viagem & Gastronomia e Vice-Presidente do LIDE Futuro
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“A inclusão do gênero é uma responsabilidade nossa, então, para mim, ser uma mulher positiva é se unir às outras mulheres e estarmos juntas nessa batalha. Nós temos, sim, um movimento de transformação na sociedade que está entendendo que a mulher tem seu espaço, sua vez e sua voz, mas temos que dar força a esse movimento mostrando que nós enfrentamos vários desafios diários. Nós temos dificuldades, e elas são inerentes ao momento de transformação, mas isso não pode nos eliminar da batalha, e essa batalha é nossa. Eu digo um grande sim à inclusão do gênero feminino às grandes mesas de negociações, porque nós estamos aqui para mostrar que viemos para ficar”.
Rachel Maia, executiva e membro do CDES da Presidência da República e DMK
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“Ser uma Mulher Positiva é acreditar em todo seu potencial. É lutar pelo direito de poder escolher quem gostaríamos de ser e escolher o que queremos fazer, sabendo equilibrar vida pessoal e profissional. Assim, ninguém pode nos parar”.
Paula Paschoal, Diretora Geral do PayPal Brasil