Renata Schneider conta sobre o caminho mais seguro para o veganismo

Matéria por Giovanna Astolfi

Renata é uma jovem de 22 anos de idade, que nasceu no Rio Grande do Sul em uma família humilde, começou a trabalhar profissionalmente como atriz a partir seus 13 anos, e mais tarde iniciou sua carreira como bailarina, cantora e contorcionista. Sempre compartilhou sua vida nas redes sociais, mostrando sua rotina e seus ideais, e atualmente compartilha com mais de 716 mil seguidores no Instagram.

Renata sempre compartilha seu estilo de vida vegano inspirando muitas pessoas, então resolvemos convida-la para contar um pouco mais sobre a sua trajetória nesse estilo de vida vegano, confira :



Invoga: “Como você resolveu escolher o veganismo?”

Renata : “Por ter crescido em uma cidade muito pequena e tradicional, até meus 17 anos eu não tinha tido contato com os termos “vegetariano” ou “vegano” mas isso mudou em um churrasco, quando a prima de uma prima minha estava comendo um hambúrguer de soja. Eu de curiosa, perguntei porque ela ela havia parado de comer carne (eu nunca tinha visto isso nada vida, uma pessoa que não comida carne? Como assim?) e ela respondeu que depois que leu sobre a os benefícios da alimentação vegetariana e a crueldade envolvida no mercado da carne, ela não se sentia mais desconfortável em comer animais. Eu que sempre fui uma pessoa muito preocupada com questões ambientais fiquei surpresa em nunca ter tido contado com aquelas informações. Naquele dia fui pra casa e pesquisei tudo sobre alimentação a base de plantas, e fiquei chocada em descobrir que deixar de comer carne além de trazer benefícios pra saúde e evitar a morte desnecessária de bilhões de animais por ano, também ajuda na economia de água e ameniza a poluição do ar. Depois dali, não consegui mais parar de pensar nisso, parar de comer carne vermelha foi minha resolução de ano novo. Porém, quando a virada aconteceu, eu já tinha pesquisado tanto sobre esse universo novo que já não tinha mais vontade de comer carne nenhuma. Eu me sentiria indo contra meus próprios ideais. 1 ano e meio depois eu tomei a decisão de me tornar vegana. Eu já tinha essa vontade desde que tinha parado de comer carne, mas realmente não conseguia me imaginar sem os derivados de origem animal, como leite, queijo, ovos e etc. Na minha cabeça o veganismo sempre pareceu um desafio muito grande e inalcançável, pois eu precisaria abrir mão de vários costumes, até porque o veganismo vai além da comida, também engloba vestimenta, produtos de higiene e etc. O que eu fiz pra tornar o pro processo mais fácil foi virar uma “vegana sem pressão” eu comecei a olhar os rótulos das maquiagens, pra ver se eram livres de teste em animais, comecei a beber leite vegetal, ao invés do animal, aprendi a fazer receitas de bolo sem ovos, fui pesquisando sobre opções de marcas veganas no mercado, e quando percebi que já estava tendo uma vida 100% vegana, adotei o título. Se dizer uma pessoa “vegana” certamente não é o mais importante, mas sim as mudanças de comportamento, porém fazer o uso dessa titulação ajuda a espalhar o termo e popularizar esse estilo de vida, para que chegue cada vez mais fácil em pessoas como eu, que não possuíam contato ou sequer ouvido falar em “ser vegano”

Invoga: “Qual a maior dica que você dá para quem quer escolher esse estilo de vida?”

Renata: “Sempre falo que um passo de cada vez é o caminho mais seguro pra que não aconteça uma desmotivação ou desistência no meio do processo. Seja paciente com você, algumas mudanças já são melhores que nenhuma. Comece tentando parar com a carne vermelha, depois a branca, no meio do caminho já vai experimentando algumas carnes vegetais pra você descobrir como se sente em relação a elas. trocar o leite de vaca pelo de amêndoas por exemplo é uma excelente escolha pra sua saúde, e eu particularmente acho o gosto extremamente superior. É importante lembrar que existe uma grande variedade de produtos veganos no mercado, e assim como qualquer outro produto, o gosto e a experiência mudam muito de uma marca pra outra. Então se por exemplo você provar um queijo vegetal que não te agradou, tente de outra marca. Muitas pessoas também acham que quando ao virarem veganas vão precisar a comer coisas de diferentes. Mas não percebem que na verdade 80% do que comem é comida vegana: feijão, arroz, salada, batata, frutas, granola, melado, café, geleia, a maioria dos pães e etc… Ou seja, se você preferir uma alimentação mais natural, além de melhor pro seu bolso e pra sua saúde, você vai precisar mudar poucas coisas na alimentação, basta apenas aumentar o consumo de alimentos de origem vegetal altos em proteína (grão de bico, soja, tofu, ervilha, feijão e etc). Os alimentos que veganos que imitam carne ou o queijo por exemplo, são uma opção prática pra quem sente saudade da textura e da sensação de comer esses alimentos, afinal, ninguém adota esse estilo e vida porque deixou de gostar de carne, mas sim pela ideologia envolvida nesse tipo de alimentação. Importante ressaltar que fazer exames e ter acompanhamento médico é essencial pra todas as pessoas independente da sua alimentação. Eu por exemplo já vi onívoros com deficiência na vitamina B12, essa não é uma questão exclusiva daqueles que se alimentam de vegetais. Então pelo menos 1 vez ao ano busque saber como está sua saúde.”

Invoga: “Mande uma mensagem de incentivo para quem quer adotar esse estilo de vida”


Renata: ”Quero desejar uma linda jornada a todos aqueles que estão dispostos abrir de um prazer momentâneo de 15 minutos pra salvar a vida dos animais e do planeta. Lembre-se que você não está sozinho: as redes sociais estão repletas de criadores compartilhando ideias, conteúdos e dicas de como adotar um estilo de vida vegano/vegetariano com mais facilidade.

Não pense que estará abrindo mão de coisas, mas sim que você estará abraçando e descobrindo novas possibilidades. A comida vegana pode ser tão gostosa ou até mais que a comida tradicional. Explore esse universo e eu tenho certeza que você vai se apaixonar, seu corpo e mente vão te agradecer e você estará contribuindo pra um futuro mais promissor pras próximas gerações.”

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