Infância, herança familiar, viagens, paixões, maternidade, dores e transformações. Maria Lúcia Café traduz em 24 capítulos sua jornada pessoal na obra “Globetrotter de mim mesma”. A empresária de 65 anos, mineira e originária de uma família interiorana, tem a marca da persistência e das apostas no futuro. Após quase cinco anos de empenho, apresenta o resultado em relatos espontâneos e transparentes. “É sobre memórias. Sobre como eu encontrei meu caminho e deparei com meu destino. Em aulas de Escrita Possível, trabalho desenvolvido pelo professor e jornalista Antônio Mafra, descobri a paixão pelo escrever e, desde então, passei a traçar linhas de episódios da minha vida, de maneira leve e cativante”, destaca.
Lucinha, como é conhecida, explica que o período de quarentena permitiu que se dedicasse ainda mais ao seu curso de escrita e concluísse o livro. Segundo ela, aqui está o primeiro de uma série. “Tive a oportunidade de me debruçar com mais intensidade nos capítulos e, depois de aprimorá-los, reinventar a coragem para finalmente lançá-los”, destaca. “Esse período de conexão interior mais aflorado também me permitiu dar os primeiros passos para uma nova história. Um misto de romance e crônica, mas ainda em fase embrionária, talvez num prazo maior que a gestação de um filho. Sem pressas”, completa. Entre as pessoas responsáveis e que colaboraram para o primeiro título, está a prestigiada escritora Ana Holanda, que estimulou na empresária uma escrita criativa e afetuosa.
“Globetrotter de mim mesma” apresenta as peculiaridades da vida de Lucinha. Evidencia o nascimento dos filhos, que impulsiona um misto de amor e admiração, transferidos para as netas, o amor por cachorros e a paixão por natação, canto e viagens, especialmente por Paris, e automóveis. A escritora não recua em mostrar um lado mais sensível no livro, como a perda dos pais e da filha Maria, o enfrentamento de desafios e mudanças em busca da evolução espiritual. “O propósito é entrar no coração do leitor com histórias da vida real e, juntos, descobrirmos lugares e emoções, despertando a imaginação e criatividade”, comenta.