FEITIÇO: UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO

Falta pouco para a Feitiço tornar-se balzaquiana. Uma história de começo tímido, costurada à quatro mãos, que, com a chegada de mais um par, se rejuvenesce e ganha vigor a cada temporada. Brincar e descobrir um mundo encantador em meio a tecidos, linhas e máquinas de costura foi a infância de Mariana Holanda, que viu, na garagem de sua casa, nascer a Feitiço. 

Estas duas histórias, construídas em paralelo e que se entrelaçam ao longo de quase 30 anos, ganharam ainda mais proximidade em 2012, quando a diretora da marca assumiu esse posto. “Quando a Feitiço abriu sua primeira fábrica, era ali que passava minhas férias. Meu pai fazia questão. Portanto, sempre estive muito perto do processo de criação e, naturalmente, comecei a trabalhar com meu pai auxiliando na parte administrativa”, conta. 

Mariana ainda tentou buscar outro caminho. Assim como sua mãe, Eliana Holanda, ela é formada em arquitetura. As duas encontraram vocação no mercado da moda. Seu pai, Dr. Holanda, médico, também entrou de cabeça no segmento distante de sua profissão e incentivou a esposa na criação do vestuário, uma ideia que começou pequena, como camisaria feminina, em 1989. “Depois de uma parceria mal sucedida entre uma amiga e eu, meu esposo notou como aquela área me agradava e me encorajou a seguir. 

Encontramos um nicho pouco explorado, as camisas para mulheres. Escolhemos um material nobre, o linho, e demos início à confecção. Eu desenhava as peças, e ele cuidava da divulgação e comércio”, relembra Eliana. As vendas – de início, para amigos e na base do boca a boca -, alavancaram, e os dois estenderam a produção para o público masculino. 

Poucos anos depois, veio a abertura da primeira fábrica. E a que elas creditam tanto sucesso? Ao diálogo e à proximidade com clientes e à importância da parceria dos colaboradores que “ajudaram a fazer a empresa um sucesso. Sem eles não existiria a Feitiço como é hoje”. 

 

Reestruturação de marca 

Como tudo na Feitiço, a marca ganhou ramificações de maneira orgânica. Vestidos, calças e blusas para todos os públicos, inclusive infantil, conseguiram espaço no catálogo. 

“Estes itens entraram como parte do fast-fashion, padrão que ainda seguimos, porque é o que nosso consumidor espera”, revela Mariana, destacando as novidades semanais das lojas. Como uma nova configuração de equipe implica refresh, Mariana resolveu trabalhar coleções. Assim, em 2015, a primeira linha da etiqueta foi lançada: Cores da Turquia. “Mensalmente, apresentamos coleções-cápsula, mas, duas vezes ao ano, criamos grandes coleções com 30 looks. Elas são batizadas e fazemos desfiles para apresentar as peças”. A última, intitulada Liberdade, lançada em outubro, retrata bem o espírito Feitiço de renovação: “Ser livre é pintar sua vida na cor que quiser, acordar no outro dia e mudar tudo de novo”. 

 

LINHA DO TEMPO 

1989 – Lança-se a Feitiço. Com produção na garagem da casa de Eliana e Dr. Holanda, a marca tinha 12 funcionários. 

1996 – Inaugura-se a primeira loja de varejo, na Av. Monsenhor Tabosa. 

1991 – Participação na Fenit. 

1992 – Acontece a ida para a fábrica. 

2000 – Abertura da primeira loja de shopping, no North Shopping. 

2012 – Mariana assume o cargo de diretora da marca. 

2015 – Lança-se a primeira coleção da Feitiço, que, até então, trabalhava apenas com fast-fashion. 

2018 – Com 8 lojas de varejo e 2 de atacado, a Feitiço se consolida no mercado.

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