Além da TV e do cinema, Danni Suzuki ministra MBA em Neurociência na pós-graduação da PUC

Com duas séries para estrear em 2025, a atriz assume a docência na PUC-RS em Influência Digital e MBA em Neurociência

Artista que não se prende a uma única frente, atuando como atriz, diretora, roteirista e palestrante, Danni Suzuki agora adiciona mais um título ao currículo: professora universitária. Ela, que com “Segredos” fez história ao se tornar a primeira brasileira com ascendência asiática a protagonizar um longa-metragem, hoje assume também lugar nas salas de aula.

Suzuki, que interpretou uma professora em “Malhação”, da Globo, aos 36 anos, agora, uma década depois, aos 47, passa o papel para a vida real, mas em uma área completamente diferente. Pós-graduada em Neurociência, ela ministra a disciplina “Influência Digital: Conteúdo e Estratégia” na pós-graduação da PUC-RS, além de integrar o MBA em “Neurociência: Conteúdo e Marketing”.

Há anos transitando entre o audiovisual e a comunicação digital, ela vê o ensino como uma extensão natural de sua trajetória: “Minha experiência na área da educação me permite observar de perto como o ambiente digital transforma a maneira como sentimos, nos expressamos e nos conectamos uns com os outros”, conta.

Uma das dez palestrantes mais cotadas do país, segundo uma pesquisa da DTM Palestras, a artista já subiu ao palco do TEDx quatro vezes, levando sua expertise para plateias dentro e fora do país. Com vista atenta para as transformações do cenário digital, ela reflete sobre a relação entre redes sociais e audiovisual: “As redes sociais têm um papel fundamental no audiovisual, porque permitem uma interação direta e imediata entre criadores e espectadores. Isso não só democratiza a produção de conteúdo, mas também exige que as narrativas sejam adaptadas para capturar a atenção em um espaço onde a concorrência é intensa”.

Mesmo com a nova rotina acadêmica, Danni segue firme no audiovisual. Em 2025, sua presença se desdobra em dois projetos de peso, como “In(Vulneráveis)”, série do canal E! que aborda o cotidiano da equipe de enfermagem de uma unidade de saúde no Rio de Janeiro. Além disso, ela integra o elenco de “Capoeiras”, futura série do Disney+ ambientada em 1971. Inspirada no livro “A Balada de Noivo-da-Vida e Veneno-da-Madrugada”, de Nestor Capoeira, a trama acompanha dois jovens após um confronto policial violento, utilizando a capoeira como símbolo de resistência cultural e social.

Para a atriz, o desafio hoje não está apenas em contar boas histórias, mas em entender como elas impactam o público: “É importante que a gente não apenas domine as ferramentas digitais, mas também pense de forma crítica sobre como suas narrativas impactam e moldam a nossa percepção”, observa. “A construção de narrativas hoje precisa ser mais estratégica, considerando a personalização e a autenticidade. As redes sociais permitem que a gente crie um vínculo mais forte com o público, por isso a importância de conectar a mensagem à experiência do usuário, utilizando insights de neuromarketing para realmente ressoar com suas audiências”, conclui. 

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