VINTAGE CULTURE É ATRAÇÃO DO MAIOR REVEILLON DO NORDESTE

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Às vésperas de lançar a música “I Will Found”, um dos momentos mais esperados do John John Rocks Jeri, DJ Vintage revela que, em pouco tempo de carreira, já encontrou/conquistou muito mais do que esperava.  

De Novo Mundo, no Mato Grosso, para Maringá. De Maringá para todo o mundo. Essa é, resumidamente, a trajetória meteórica de Lukas Ruiz, que hoje, aos 25 anos, é um dos principais nomes da cena eletrônica mundial. Você talvez esteja se perguntando quem é Lukas na balada. Afinal, é bem verdade que o pseudônimo Vintage Culture, adotado em referência às suas influências oitentistas, talvez diga muito mais a respeito do DJ autodidata que já passou por lugares como Egito, Emirados Árabes, Irlanda, Espanha, Bélgica… Ufa! São tantos carimbos no passaporte, e hits, e festivais, que é quase impossível enumerar. O próximo feito de Vintage – um dos dj’s mais influentes do planeta, segundo a Forbes – é o lançamento do clipe de “I Will Found” no paraíso onde o mesmo foi produzido e gravado: Jericoacoara. Sim, um dos próximos destinos do globetrotter é Jeri, e ele é só alegria com a novidade. “Fico muito feliz e orgulhoso em ter essa música representada pelo festival John John Rocks em um local tão incrível e representante para o Brasil no mundo!”, comemora.  

– Quando você descobriu que queria discotecar e qual foi a primeira vez que fez isso profissionalmente? 

Meu gosto pela música eletrônica veio na adolescência e, aos 15 anos – ainda em Novo Mundo -, já comecei a produzir. Na época, meu pai me deu um computador, mas, como não tínhamos internet em casa, eu ia até uma lan house baixar os programas. Aos 19, me mudei para Maringá e ingressei na faculdade de Direito, mas abandonei o curso para me dedicar à música. Comecei como DJ em 2013, e tudo o que aprendi foi forma autodidata, com muita paixão. Talvez por isso eu não acredite em limitação e, sim, determinação.  

– Vintage, sua alcunha artística, revela muito das influências musicais que o consagraram, com destaque especialmente para os anos 1980. O que a década tem de especial pra você e quais suas maiores influências do período? 

A cultura oitentista, marcada pelo som de New Order, Duran Duran, Depeche Mode e Cazuza, por exemplo, me influenciou muito. Sem falar no trabalho de DJs que vão de Frankie Knuckles a Karmon, especialistas em fazer da house music uma mistura de groove e emoção. Queria tocar algo que olhasse pra frente, mas, ao mesmo tempo, carregasse influências do passado… E foi assim, trazendo referências sobretudo da década de 1980 para a Deep House, que me encontrei musicalmente.  

– Qual a sensação de ter sido classificado por uma revista com o peso da Forbes  como um dos DJs mais influentes abaixo dos 30?  

Pra mim, estar na Forbes ao lado de outros grandes nomes, representa um misto de satisfação pelo reconhecimento e, mais importante: motivação para continuar dedicado respirando música 24 horas por dia. 

– Você esperava conquistar todo esse sucesso ainda tão jovem? 

Na verdade, eu não esperava isso, nunca esperei. Não tinha histórico na cena pra isso,  pois nós da música eletrônica sempre fomos alternativos, representantes de um nicho à parte. Eu não sei o que está acontecendo, mas não acredito receita. É um dia após o outro com muito amor e dedicação pelo que faço e com mais amor ainda pelo carinho que recebo, pelas pessoas, é a música… Enfim, não tem explicação, é sentimento. 

– Você acha que os brasileiros estão mais receptivos para as produções nacionais?   

Sim, sem dúvidas.  Acho que 2017 foi o ano definitivo para a produção eletrônica no Brasil, quando chegou aos grandes festivais de música popular, de norte a sul, e entrou de vez na cultura musical do país, como um movimento positivo e transformador. Existe um som característico que está sendo feito aqui no Brasil por essa nova geração de produtores e isso tem chamado a atenção, não só aqui, mas do mercado internacional. É algo novo, autoral e que acredito que ainda vai exercer muita influência mundo afora também. O Brasil entrou de vez no mapa mundial da eletrônica, não mais apenas como consumidor, mas também como exportador, como um centro de criação e influência 

– Que som não sai da sua playlist ultimamente?  

Tenho escutado muito RÜFÜS do Sol, banda eletrônica australiana formado por TyroneLindqvist, Jon George and James Hunt.  

– Qual sua expectativa para o Réveillon John John Rocks, em Jeri?  

Acredito que tocar durante o Festival John John Rocks, no réveillon de Jericoacoara, vai ser um momento épico! Preparamos a música I Will Find, tema do evento, com o clipe gravado no paraíso cearense, junto ao trio de jovens músicos e produtores Rooftime, produzido por Marcos Cavallaria, Kim Jackson, Kako Perroy e pela produtora Mangaba, e que já soma mais de um milhão de visualizações. I Will Find surgiu na busca de encontrar a minha identidade com uma presença mais veraneia, no entanto, que fugisse do óbvio dos sons do verão. 

Bastidores 

Disponível nas plataformas de música online, a faixa I Will Find será tema do festival John John Rocks Jeri, que acontecerá entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro e terá Vintage como uma das principais atrações. Além da assinatura do DJ e produtor brasileiro, o videoclipe lançado pela Spinnin’ Records, e que tem Jeri como cenário, conta com a participação do trio de jovens músicos e produtores Rooftime. De acordo com eles, a música foi inspirada no verão e na concepção do amor, trazendo, a partir daí, características e elementos instrumentais e vocais que remetem a lembranças como o inesquecível sunset que se tornou postal de Jericocoara.   

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