Besouro Azul que chega aos cinemas nesta quinta 17/08, havia sido planejado inicialmente para estrear apenas no streaming e agora, promete agradar muitos fãs da DC! O longa conta a história do recém-formado Jaime Reyes (Xolo Maridueña) que volta para casa cheio de aspirações para o futuro, apenas para descobrir que o lugar não está exatamente como ele se lembra. Enquanto tenta encontrar seu propósito no mundo, o destino intervém quando Jaime inesperadamente se vê na posse de uma antiga relíquia da biotecnologia alienígena: o Escaravelho.
Quando o Escaravelho repentinamente escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico, ele recebe uma incrível armadura capaz de poderes extraordinários e imprevisíveis, mudando para sempre seu destino ao se tornar o super-herói Besouro Azul.
O filme chega em momento delicado da história da editora que já tinha anunciado o reinicio do seu universo cinematográfico, com isso tira do longa o peso de tentar salvar a franquia, pois não está conectado com outras produções. Mas, também pode gerar desinteresse, afinal você não sabe o herói e elenco continuarão para dar sequência à história?
Porém, temos duas boas notícias: Besouro Azul de Angel Manuel Soto funciona com todas as incertezas! E a segunda boa notícia é que finalmente temos um herói mexicano na DC. Pois, segundo Gunn o protagonista é o “primeiro herói do novo DCU“. E se for um sucesso, pode ser até que ganhe continuidade em futuras produções (já estamos na torcida!!!).
Podemos dizer que este é um filme honesto, pois entrega tudo que prometeu. É uma diversão simples, leve, descontraída e feita para a família (diferente de Esquadrão Suicida que é voltado para o público adulto). Pois, o roteiro usa a mesma fórmula consagrada por super-heróis como o Homem-Aranha, e foca em equilibrar a vida comum com a de super-herói, cheia de poderes e responsabilidades. Seria mais do mesmo, se a produção não tivesse dado uma origem latina ao personagem e isso deu uma boa renovada ao gênero. E para ir além do retrato estereotipado comum em Hollywood, a equipe foi formada majoritariamente por descendente de países da América Latina, tendo como roteirista o mexicano Gareth Dunnet-Alcocer e direção do porto-riquenho Ángel Manuel Soto, o que trouxe representatividade ao projeto e riqueza de características de tradições e referências latinas. Tudo isso deu originalidade a Jaime Reyes, deixando claro que ele não é mais um Peter Parker.
Besouro Azul dá uma boa chacoalha na saturada estrutura das histórias de herói nos cinemas. O longa esbanja simpatia e carisma, principalmente pela família barulhenta do herói e pela sua bagagem cultural, que são incorporados à jornada para auxiliar tanto na ação quanto na comédia, dois dos grandes focos da produção. Temos que destacar a música como mais um elemento da trama, que rende momentos hilários como a execução da canção-tema de “Maria do Bairro”, com a cantora Thalia, até um momento sensacional embalado por “Kickstart My Heart”, do Mötley Crüe.
Bruna Marquezine que interpreta Jenny Kord, personagem fundamental para a história, está muito bem e consegue ir além do par romântico do herói. Ela convence e não desperdiça a sua grande oportunidade em Hollywood.
Apesar de não contar com vilões memoráveis e ter poucas cenas de ação, Besouro Azul é um filme divertido e consegue incorporar a bagagem do Besouro Azul das HQs com uma adaptação é bem fiel à história e provavelmente vai agradar os diferentes fãs das três versões do personagem. A Família Reyes sem dúvida alguma é uma das melhores da telona, bem na linha A Grande Família.
Para finalizar, podemos dizer que apesar de suas falhas, este foi um excelente pontapé inicial para a nova era cinematográfica da DC, e ainda que é um ótimo filme focado em sua própria história. Vale a pena a ida aos cinemas!
